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Português Tucuruí é um município da Microrregião de Tucuruí, na Mesorregião do Sudeste Paraense, no estado do Pará. Para alguns autores o vocábulo viria de Tucura - gafanhoto e Y - rio; assim, Tucura + y seria rios do gafanhotos. Fundamentado em Luiz Caldas Tuibiriça no "Dicionário de Topônimos Brasileiros de Origem Tupi" o verbete Tucurí viria de Tycu - roy - líquido frio, gelado". A região do munícipio em suas raízes era habitada por povos indígenas das tribos dos Assurinís, Parakanãs e Gaviões. Essas tribos com hábitos nômades diferenciavam-se por seus troncos étnicos e linguísticos. Os primeiros fatos históricos que se têm registros da cidade e do município de Tucuruí datam de 1781, quando a Vila de Pederneiras foi fundada pelo Governador José de Nápoles Telles de Menezes. No entanto, a cidade de Tucuruí verdadeiramente, foi fundada por volta de Fevereiro de 1782, quando o governador Telles de Menezes mandou construir um Forte de Fachina, denominado Nossa Senhora de Nazaré, criando assim o registro de Alcobaça. O forte tinha a finalidade de fiscalizar a navegação no rio Tocantins e o contrabando de ouro vindo de Goiás e Mato Grosso feito pelo rio. A este fato já existia no local um Mocambo comandado por uma mulher chamada Felipa Maria Aranha. Esta destemida senhora governava cerca de 300 negros que haviam fugido em sua maioria de engenhos ou cacauais da região de Cametá. Os negros que haviam fugido da escravidão viviam em uma verdadeira república, inclusive, com uma jurisdição policial por eles criada, praticando uma agricultura de subsistência e, é a partir daquele Mocambo que se inicia a história do atual município de Tucuruí. Em 1870, o governador do Pará cria a freguesia de São Pedro no lugar de Pederneiras, integrada ao munícipio de Baião, então o principal núcleo populoso desse trecho do Tocantins. Em 1875, a freguesia de São Pedro de Pederneiras muda de localidade e denominação, passando a se chamar São Pedro de Alcobaça e situando-se na onde hoje é a cidade. Em 1894, a Vila que já tinha mais de um século de existência teria sido destruída pelos Índios Assurini, a qual foi novamente reativada com duas finalidades: uma para fiscalizar a navegação do Rio Tocantins e a outra de natureza militar, assim o Forte da Fachina Nossa Senhora de Nazaré passa a ter o objetivo de controlar o contrabando de ouro de Goiás e Mato Grosso. Em 1895, quando a Companhia de Navegação Férrea se instalou em Alcobaça já se encontrava no local a família Barroso. Dois dos quatros irmãos, Bertino e Manoel Barroso, vieram da povoação Mutuacá (Município de Cametá) e instalaram-se no, hoje, Bairro da Matinha, enquanto ou outros dois fixaram-se na margem direita do rio, na Pedra Grande. Com o início da construção da Estrada de Ferro, muitos cametaenses, mocajubenses, nordestinos e sertanejos migraram para a povoação de Alcobaça, com o objetivo de trabalharem na Estrada de Ferro Norte do Brasil, pela Companhia de Navegação Férrea Fluvial/Araguaia-Tocantins. Construída com o capital francês, tornou-se realidade o sonho de seu idealizador, o Deputado e ex-governador das províncias de Mato Grosso e Goiás, Couto de Magalhães, o maior navegador e estudioso dos Rios Araguaia e Tocantins, do tempo do Império. A rota planejada estender-se-ia por 175 km, de Tucuruí até a Praia da Rainha, vencendo totalmente as corredeiras do rio Tocantins. Entretanto, só foi construído o trecho até Jatobá ou Jatobal, no município de Itupiranga, hoje totalmente inundado pelo lago da hidrelétrica. A primeira locomotiva chegou nesta localidade em 19 de Setembro de 1946, ou seja, mais de cinqüenta anos após o início da construção da linha férrea. Por isso, foram grandes os festejos de inauguração, contando inclusive, com a presença do Engenheiro Administrador e várias autoridades. O Governador do Pará, Luiz Geolás de Moura Carvalho através da Lei nº. 063, de 31 de Dezembro de 1947, publicada no Diário Oficial em 18 de Janeiro de 1948, emancipa Tucuruí de Baião criando o município de Tucuruí. Em 1950, segundo o Recenseamento Geral, Tucuruí tinha 2448 habitantes. A população se concentrava na cidade de Tucuruí e na vila de Remansão. Existiam ainda os povoados de Nazaré dos Patos e Muru, mas ambos com menos de 100 habitantes. Naquela época, a base da economia de Tucuruí era a extração da castanha-do-pará, chegando o município a exportar, em 1956, mais de 3 mil hectolitros do produto. O comércio de madeira era a outra atividade econômica digna de destaque. O município importava quase tudo o que consumia, uma característica que permanece até hoje, à exceção dos gêneros alimentícios. Na década de 70 devido a crise de petróleo, surgiu a necessidade do aproveitamento do potencial hídrico nas várias bacias hidrográficas do país, com construção de hidrelétricas, entre elas a Usina Hidrelétrica de Tucurui. Como primeira medida neste sentido, foi criada a ELETRONORTE, subsidiária da ELETROBRÁS, vinculada ao Ministério de Minas e Energia, criada em 20/06/73, responsável pela coordenação do programa de Energia Elétrica em toda Amazônia Legal. A obra de grande dimensão provocou uma verdadeira explosão demográfica em Tucuruí, que não tinha infra-estrutura para receber tanta gente. A rotina da cidade passou a girar em torno das obras da hidrelétrica, que começaram em 1976. A usina foi inaugurada em 1984, levando energia elétrica para vários pontos do Estados e também para o Nordeste do país, mas acabou provocando um grave problema social, ao dispensar milhares de trabalhadores que não tinham outra opção de emprego. Esta usina hidrelétrica formou um lago imenso, onde foram formadas ilhas com as mais diversas quantidades de espécies de animais. Em março de 1980 ocorre uma das maiores cheias no rio Tocantins, superando a mais conhecida, de 1926. A cidade de Tucurui e a usina a ser construida 7 km a montante se localizam no baixo Tocantins, na cota 19 metros em relação ao nivel do mar. O município de Tucuruí apresenta temperaturas elevadas, com estações distintas e temperaturas variando entre 22ºC (mínima) e 36ºC (máxima). Em geral, nos meses de Dezembro a Abril, tem-se a mais baixa temperatura, umidade elevada e alta pluviosidade. O clima é tropical úmido de monção, tipo Am (classificação de Koppen). A média anual da temperatura varia de 26° a 27°C, com máxima de 32° a 35°C, e mínima de 22° a 23°C. Chove mais entre os meses de Dezembro a Maio (150 a 200 dias de chuva), registrando uma precipitação anual entre 2.250 a 2.500 mm. A vegetação do município é constituída, predominantemente, por floresta tropical úmida, com os subtipos: Floresta Aberta Latifoliada, Densa de Platô, Densa de Terraço, Floresta Submontana, em relevo aplainado. Sendo que nas margens do lago encontra-se a “Floresta de Galeria e a Floresta de Diques, compostas de espécies dicotiledôneas de porte arbóreo como a sumaúma, intercaladas palmáceas típicas de lugares úmidos com eventuais inundações”. Parte dos tratos florestais do Município, abrangendo as Florestas de Várzea, Matas Ciliares e de Terra Firme, ao longo do curso do rio Tocantins, foi inundada por ocasião do fechamento das comportas da Hidrelétrica Tucuruí, o que deu ensejo a formação de um grande lago. Em Tucuruí, encontram-se inúmeras praias no rio Tocantins, durante o período seco formam-se imensas praias e algumas delas ainda não exploradas. As mais freqüentadas são: a praia do Meio, praia do Porto da Balsa, praia primitiva do Rio Tocantins, praia do Lago de Tuciruí (que aparece de junho a novembro), praia da Matinhapraia da Queiroz Galvão, praia da Pederneira e a praia das Crioulas. Nos rios e igarapés dos afluentes do Tocantins existem corredeiras e cachoeiras, destacando-se a do Km 4, na rodovia Transcametá, além destas opções há as praias artificiais de balneários como Goiano, Bela Vista e Califórnia. Outras cachoeiras são: Cachoeira de Goiaba, Cachoeira do Mergulhões e Cachoeira Volta da Unha. A Ilha de Germoplasma foi criada em 1984 através de um projeto conjunto da Eletronorte e do Instituto de Pesquisa da Amazônia – INPA. A Ilha está localizada há aproximadamente 3 km da barragem, com 100 ha de área, onde existem cerca de 15 mil árvores de 46 espécies diferentes. O objetivo principal da criação da Ilha de Germoplasma, além de contribuir para obtenção de subsídios científicos, foi salvar os recursos fitogenéticos presentes na vegetação, para obtenção de novas linhagens, salvamento de espécies restritas às áreas atingidas pela barragem ou espécies consideradas raras e também consideradas de valor econômico. Atualmente, vem se desenvolvendo um programa de revitalização da Ilha de Germoplasma, que visa colher sementes e produzir mudas para distribuir às instituições, fazendeiros e moradores da região que se interessarem e um possível reflorestamento em áreas degradadas e inadequadas ao meio ambiente, principalmente, nas margens do Lago, introduzindo espécies locais e adaptadas às oscilações do nível de água e cujo os frutos sirvam de alimento. O patrimônio Histórico de Tucuruí tem como exemplares a igreja da Matriz de São José, a igreja de Nossa Senhora da Conceição, o trem Maria Fumaça e o prédio da Prefeitura são exemplares do patrimônio histórico de Tucuruí. Funcionando precariamente, o Município dispõe de uma Biblioteca Municipal e um cinema, como únicos equipamentos culturais. A maior manifestação religiosa do município de Tucuruí é a festa em homenagem à Santa padroeira, Nossa Senhora da Conceição, comemorada no dia 8 de dezembro, cujos festejos são acompanhados de procissão, novenário e de um movimentado arraial. O patrimônio cultural é representado pelo bumba-meu-boi, o carimbó e a quadrilha. Os grupos são organizados para apresentação nas ocasiões festivas no Município. Entre as danças típicas da região se destacam: Boi-Bumbá, Cordão de Pássaro, Quadrilhas, Samba de Cacete, Carimbó, Siriá e a mais recente Dança do Tucunaré. Devido aos constantes ataques dos índios na Vila Alcobaça, o diretor da Estrada de Ferro Tocantins, Dr. Amyntas Lemos, que era devoto da Nossa Senhora da Conceição, a trouxe para Tucuruí passando então a santa, a ser considerada a proteção divina do município. Com a chegada da Santa, houve uma significativa mudança na vida religiosa dos funcionários, que deram início a festejos realizados no mês de Novembro, durando nove dias. Com celebrações, leilões, festas, bingos, entre outros, os festejos tinham o objetivo de arrecadar fundos para a construção de novos templos e obras de caridade. São José, considerado o Santo da Chuva, foi o segundo homenageado e tem as festividades que comemoram o seu dia, realizadas no mês de Maio. Embora o dia de São José seja 19 de Março, os fiéis transferiram as comemorações para Maio, pois as chuvas impedem os festejo no mês de seu aniversário. Nossa Senhora de Nazaré, a padroeira do estado, tem sua festa de comemoração realizada há nove anos neste município, em função da impossibilidade da maioria dos fiéis deslocar-se até a cidade de Belém para participarem do Círio, uma das maiores manifestações religiosas do país. A mesma é realizada em outubro com 09 dias de novenas, sendo a peregrinação fluvial realizada no oitavo dia e o nono dia finaliza o festejo com a tradicional procissão. O Mês Mariano é caracterizado pela realização de novenas nas congregações de cada bairro. No último domingo do mês de maio, há o encontro de todas as comunidades na Igreja Matriz para a realização da Santa Missa. Os evangélicos, no segundo domingo de dezembro, em comemoração ao Dia da Bíblia, reúnem-se em um determinado local, durante 03 (três) dias para fazerem a leitura completa da Bíblia, onde vários irmãos a lêem sem interrupções, até concluir o tempo determinado. No último dia fazem passeatas pelas ruas com faixas e cartazes. Outras igrejas promovem cruzadas de evangelismo, vigílias, encontros, congressos e correntes de oração. O Torneio de Pesca Esportiva de Tucuruí é praticado desde 2009, sempre no último final de semana do mês de maio, cujo objetivo é a pesca do maior tucunaré, um peixe muito competitivo. São distribuídos vários prêmios aos participantes, que vêm de diferentes partes do país. Em agosto acontece o tradicional Torneio de Pesca Esportiva da Amazônia (Topam), acontece no lago da represa da hidrelétrica, reúne todos os anos pescadores de diferentes partes do mundo para competir. No município existem trabalhos com artigos de cerâmica e indígenas, cestas, balaios, jarras, esteiras, móveis e outros. Atualmente a produção artesanal de Tucuruí esta em vias de valorização e reconhecimento com a criação da COOPAART (Cooperativa de Artesanato e Artes Plásticas de Tucuruí) e associação AAPATUC (Associação dos Artistas Plásticos e Artesões de Tucuruí). Com uma vertente legítima e autêntica da cultura local, o artesanato desenvolvido pelos índios Assurinis e Parakanãs, ainda que pouco conhecido e explorado, encanta por sua beleza primitiva. Com peças utilitárias decorativas, de valor histórico-cultural, e que hoje têm despertado uma excelente valorização nos mercados externos, pois são consideradas peças produzidas por povos de uma cultura autêntica ou ainda muito influenciadas pelos valores culturais modernos. Já a produção artesanal urbana baseia-se em trabalhos de bordados, crochês, confecção de redes (influência nordestina), e trabalhos utilizando matérias primas naturais da região amazônica, como talas e cipós (influência cabocla regional). Recentemente, como acontece em outras partes do país, são confeccionados produtos artesanais, usando matérias primas industrializadas ou aproveitamento de material reciclável. Tucuruí possui algumas expressões artísticas que devem ser consideradas. São obras demonstradas em esculturas, pinturas, desenhos e também na literatura e poesia. Na vertente escultura, pintura e desenhos, destacam-se artistas com obras de entalhe em relevo na madeira, esculturas de madeiras, desenhos a grafite e pinturas a óleo sobre tela, com temas geralmente regionais. Nas artes literárias, novos valores estão surgindo e tem-se dado bastante atenção à valorização das obras que são históricas-descritivas ou que sintetizam a exaltação ao município. Após os períodos migratórios, nos quais Tucuruí recebeu fluxo de pessoas com seus hábitos e costumes vindos das várias regiões do país, principalmente do Nordeste e Centro-Oeste, além dos municípios vizinhos, a culinária local passou a absorver tais influências externas e apresentar pratos e comidas típicas, sendo estas feitas ou adaptadas com ingredientes regionais, como a grande diversidade de pescado e frutos, além do principal produto alimentício introduzido na região, a carne bovina. Tais influências gastronômicas apresentam-se em comidas como o vatapá, caruru, panelada (Nordeste), churrasco e massas em geral (Centro-Oeste, Sudeste e Sul), tacacá, maniçoba (regionais). A culinária local se apresenta principalmente, com as inúmeras espécies de pescados, proveniente do Grande Lago da Usina Hidrelétrica Tucuruí, especialmente o Tucunaré, como exemplos de pratos têm: Tucunaré no Saco, Croquetes de Tucunaré, Tucunaré ao Forno, Tucunaré Assado na Folha de Bananeira, Tucunaré ao Leite de Coco, além de uso de outros pescados como o Pirarucu, Filhote, Mapará, etc, com os quais também são feitos excelentes pratos, tais como: Pirarucu ao Leite de Castanha-do-Pará, Acarí ao Molho de Tucupí, Filhote ao Molho de Camarão e Caldeirada de Filhote. Além da diversidade de pratos, há também uma enorme quantidade de doces, sorvetes, licores e compotas feitas com as diversas frutas da região como o cupuaçu, o bacurí, o taperebá, o açaí, e inúmeras outras. A economia do município se desenvolve nos três setores: primário, secundário e terciário. No setor primário, a economia do município é voltada para a exportação de madeiras, indústrias de leite, agricultura, pesca, pecuária, extração de argila, madeira, areia e couro. Existe a extração de madeira de lei, que é exportada para diversos pontos do mundo, como Europa, América do Norte, Ásia e África. Há também a extração, ainda que em menor escala, de açaí, babaçu, pupunha, castanha-do-pará e outros, que são consumidos pelo mercado interno e parte exportada para outros Municípios e Estados. Os principais produtos agrícolas cultivados no município são: o abacaxi, o arroz, o feijão, a mandioca, a melancia e o milho, produtos estes de culturas temporárias, e o abacate, a banana, o cacau, o café, o coco, a laranja e o maracujá, as principais de culturas permanentes. Alguns tipos de animais são criados no município: bovinos (bois), eqüinos (cavalos), suínos (porcos) e outros. A criação de gado bovino é a mais importante, destinando-se a produção da carne que abastece a população do município e as cidades vizinhas. Há também um considerado rebanho de gado leiteiro que produz leite, queijo e manteiga que são consumidos no município. No setor secundário, o setor industrial cresceu aceleradamente em conseqüência da Usina Hidrelétrica de Tucuruí. O município possui diversos atrativos naturais, ideais para o lazer de quem visita o lugar. Em julho, o Rio Tocantins seca, e mostra suas mais belas praias de água doce, algumas não exploradas e nos rios e igarapés dos afluentes do Tocantins existem corredeiras e cachoeiras. O potencial pesqueiro do município é imenso, tanto para a pesca profissional como para a amadora. O Lago de Tucuruí, formado pelo Rio Tocantins, começa a juzante da cidade de Marabá e tem seus vertedouros na cidade de Tucuruí, onde aciona as turbinas de uma das maiores hidrelétricas do mundo. Embora a espécie mais procurada seja o Tucunaré, habitam as águas da represa a Piranha Preta, Jacundá, Apaiarí e Aruanã e mais os peixes de couro como Barbado, Paraíba, Pirarara e Surubim.






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