Antiga aldeia dos índios Tapajós, Santarém está situada na margem direita do Rio Tapajós, confluência com o Rio Amazonas. Conhecida como “Pérola do Tapajós”, o município está localizado numa área com mais de 24 mil metros quadrados e oferece aos turistas belas praias, com destaque para Alter-do-Chão, fazendas, rios, lagos e o verde da Floresta. Seu nome presta uma homenagem à Cidade Lusitana de Santarém. Toda a biodiversidade da Amazônia pode ser encontrada nos arredores da cidade. São áreas de floresta tropical, igapós e cerrado, além do encontro das águas azuis do rio Tapajós com as águas barrentas do Amazonas. Os rios correm lado a lado por vários quilômetros sem se misturar e podem ser vistos do mirante de Santarém. A vila de Alter-do-Chão fica a 30 km de Santarém. Representa o mais famoso balneário do município. É a mais procurada da região e parada obrigatória na rota de cruzeiros estrangeiros. Banhada pelo Tapajós, sua praia é temporária, dependendo da cheia do rio. Uma das curiosidades do lugar é o lago verde, cujas águas mudam de cor durante o dia, de azul para verde. Alter-do-Chão, conhecida como “Caribe Amazônico” é o palco da maior manifestação folclórica da região, o Çairé, que atrai turistas do mundo todo. As outras praias mais conhecidas do município são: Ponta do Cururu, Ponta de Pedras, Jutuba, Caraparanaí, Pajuçara, Arariá, Maria José, Salvação e Maracanã. A História Econômica de Santarém tem seus primórdios nas atividades econômicas desenvolvidas pelos índios Tapajós ou tupaius, que antes do conquistador português chegar realizavam a agricultura de subsistência, considerada a mais importante, segundo relato do escritor Felisberto Sussuarana. Este autor afirma que os principais produtos cultivados eram o algodão, o cará, a batata doce, o crajirú, o urucu, o cunambi, o timbó, a pupunha e, principalmente o milho e a mandioca. A pesca e o extrativismo animal também constituíam a economia local do período. Desde o início da colonização, a economia do Município de Santarém sempre se caracterizou pelos diferentes ciclos que experimentou. As expedições militares dos conquistadores portugueses no século XVII trouxeram as missões religiosas e os colonizadores para a Amazônia. O primeiro ciclo econômico de Santarém foi o das “drogas do sertão” - na Amazônia – cacau, cravo, salsaparrilha, baunilha, manteiga de ovo de tartaruga, pimentas variadas, bálsamo de copaíba, puxuri, anil, guaraná. A mão de obra indígena foi primordial, pois os índios Tapajós, além de exímios caçadores e pescadores, eram excelentes coletores das drogas do sertão. Criativo e variado, o artesanato de Santarém segue as tradições da cultura tapajônica. Os belos trabalhos em cerâmica são encontrados nas lojinhas de artesanato, onde dividem a atenção com roupas e acessórios de fibras naturais. Entre as outras atividades econômicas da região estão a extração de madeira, borracha e castanha-do-pará; culturas de juta, mandioca e arroz; criação de bovinos, suínos e aves de granja; pesca, indústria de fibras e o processamento de pescado para exportação. A pesca do Tucunaré é muito procurada no município. Por ser um peixe difícil de ser pescado, torna esse esporte mais emocionante e divertido. Pescadores do Brasil e do mundo inteiro participam do Torneio Internacional de Pesca ao Tucunaré. Santarém é uma cidade de clima quente e úmido com chuvas de Dezembro a Maio e com temperatura média anual variando de 25º a 28ºC. Os principais pontos turísticos da cidade são: O museu João Fona, conta a história de Santarém através de fragmentos de objetos indígenas, seu acervo dispõe de cerâmicas arqueológicas denominadas tapajônicas ou de Santarém; O Museu de Arte Sacra, com local climatizado e música ambiente o Museu dispõe de um acervo composto por 330 peças aproximadamente, entre imagens, indumentárias e quadros; O Museu Dica Frazão, considerada a pioneira na utilização da raiz do patchuli no artesanato, Dica Frazão introduziu outros materiais da região, como palhas de tucum, de buriti e do açaizeiro, além da malva, juta, bambu, casca do taperebazeiro, cipó escada de jabuti, entrecascas de madeiras e sementes de melancia, melão, jerimum e pepino. O acervo do Museu dispõe de mais de 150 peças do artesanato santareno, entre as quais, réplicas de trabalhos que hoje pertencem a rainha da Bélgica e ao Papa João Paulo II, além de outras peças que ganharam destaques nacionais. Os principais eventos: Festejos de Nossa Senhora da Saúde; Festa de São Sebastião; Carnaval; Aniversário da Vila de Alter-da-Chão; Encenação da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo; Torneio de Pesca Artesanal; Norte Brasileiro de Vela; Festival Folclórico Borati; Apresentação de danças, quadrilhas, cordões de pássaros e boi-bumbá; Festival Folclórico de Santarém; Festival da Farinha e da Mandioca; Boogie de Paraquedismo; Círio de Nossa Senhora da Conceição; Reveillon em Alter-do-Chão e a Festa do Çairé. Os passeios de barco são as maneiras mais interessantes de apreciar as paisagens, sempre coloridas pelas garças, tucanos, araras, papagaios... Um dos tours mais concorridos é o que leva ao lago Maicá, um berçário natural de peixes amazônicos, frequentado também por uma infinidade de pássaros e répteis. O local é procurado para a observação de aves e animais, especialmente no início da manhã ou no final da tarde.