A toponímia de Macapá é de origem Tupí, como uma variação de "macapaba", que quer dizer lugar de muitas bacabas, uma palmeira nativa da região, a bacabeira, de nome científico 'Oenocarpus bacaba Mart.'. Antes de ter o nome de Macapá, o primeiro nome concedido oficialmente às terras da cidade foi Adelantado de Nueva Andaluzia, em 1544, por Carlos V de Espanha, numa concessão a Francisco de Orellana, navegador espanhol que esteve na região. Macapá, a capital do Estado do Amapá, se originou de um destacamento militar fixado no mesmo local das ruínas da antiga Fortaleza de Santo Antonio, a partir de 1740. Este destacamento surgiu em razão de constantes pedidos feitos pelo governo da Província do Grão Pará e Maranhão (a quem as terras do Amapá estavam juridicamente anexadas), João de Abreu Castelo Branco, que desde 1738, sentindo o estado de abandono em que se encontrava a Fortaleza, solicitava à Coroa portuguesa providências urgentes. Em 1740 veio a resposta do rei português D. João, que não só autorizou o governador do Pará a construir um fortim no mesmo local das ruínas da fortaleza de Santo Antonio, como também enviou um projeto de construção de um pequeno forte idealizado pelo sargento-mor Manuel de Azevedo Fortes e pelo engenheiro-mor do reino Miguel Luis Alves. Deste forte originou-se Macapá. O povoado cresceu rapidamente e em 1758, foi elevado à categoria de Vila com a denominação de Vila de São josé de Macapá. Treze anos depois é construída a Fortaleza de São José, utilizando a mão de obra escrava. Esses negros fundaram um quilombo que deu origem a Vila de Curiaú onde hoje vivem seus descendentes. Determinado o território, começou a crescer no século XIX, devido ambos pela descoberta de ouro na área e por ocasião do ciclo da Borracha, que naquele momento, tinha alcançado preços internacionais altos. A descoberta de recursos ricos, não obstante, causou as disputas territoriais para crescer e dá lugar à invasão francesa, em maio de 1895. Em 1 de janeiro de 1900, a Comissão de Arbitragem, em Genebra, deu possessão da região ao Brasil e o território foi incorporado ao estado de Pará, sob o nome de Amapá. Em 1945, a descoberta de grandes jazidas de manganês em Serra do Navio tremeu a economia local. Por uma divisão territorial nova, a porção de norte de Amapá do Rio de Cassiporé se tornou a Municipalidade de Oiapoque. Foi desmembrado novamente em dezembro de 1957, com o estabelecimento da municipalidade de Calçoene. O território do Amapá se tornou um estado através da Constituição de 5 de outubro de 1988. Próxima à foz do Rio Amazonas, a cidade é a porta de entrada ideal para visitar cachoeiras ou fazer surfe na pororoca. Cidade mais próxima da foz do Rio Amazonas, a capital do Amapá é cortada pela linha do Equador. Não por acaso, seu principal cartão-postal é o Marco Zero, que divide os hemisférios Norte e Sul e é ponto obrigatório de visitas - por ali, todo mundo sobe no monólito sobre a linha imaginária do Equador e coloca um pé em cada hemisfério. O relevo de Macapá é de formação rochosa, com grande potencial turístico, com uma altitude de 14 metros acima do nível do mar. O clima é equatorial quente-úmido, com temperatura máxima entre 32,6°C e a mínima entre 20°C. A sensação térmica no verão pode passar dos 45°C. As chuvas ocorrem nos meses de dezembro a agosto, não chegando a atingir 3.000 mm. A estação das secas se inicia no mês de setembro e vai até meados de dezembro, quando se registram as temperaturas mais altas. A vegetação de Macapá constitui-se principalmente de florestas, que predominam ainda em quase todo o município, onde o desmatamento provocado pela ação do homem ainda é pouco acentuado. Há árvores de grande porte como a samaumeira, acariquara, angelim, maçaranduba,etc. A hidrografia da capital é diversificada, caracterizando-se por rios, igarapés, lagoas e cachoeiras, tendo como seus principais rios o Amazonas, que passa em frente à cidade e, além de ser um dos seus cartões postais, é um dos maiores rios pesqueiros do mundo; o Araguari, que desemboca no rio Amazonas, é onde há a maior concentração de cachoeiras do Estado do Amapá. O igarapé da Fortaleza é um dos mais importantes, pois separa o município de Macapá do município de Santana e a lagoa do Curiaú, onde há várias espécies de peixes. Uma boa vocação em Macapá é o comércio, além do extrativismo, agricultura e indústria. Com localização privilegiada em relação a sua posição geográfica, tem grandes possibilidades de relações comerciais com a América Central, América do Norte e a Europa. A criação da Zona de Livre Comércio de Macapá, possibilitou oportunidades de negócios para a economia do estado, principalmente para a indústria, comércio, serviços e o turismo. É uma cidade pitoresca carrega em sua essência a evolução urbana das grandes cidades e a exuberância da natureza. Os principais pontos turísticos da capital são: A Fortaleza de São José de Macapá; erguida entre 1764 e 1782 pelas mãos de negros, índios e escravos da colonização portuguesa. No passado, tinha a função de garantir o domínio lusitano no extremo norte do Brasil. Hoje, é um dos principais pontos turísticos de Macapá. É considerada o mais belo, o mais sólido e o mais importante monumento militar do Brasil no período colonial. Sua arquitetura com forte influência francesa, contava com um moderno sistema de defesa o qual permitia o tiro de canhão a flor do solo. Foi construída para evitar incursões estrangeiras e assegurar a conquista definitiva da Amazônia para os colonizadores portugueses. Vista de cima, a Fortaleza assemelha-se a uma estrela, pela disposição de seus quatro baluartes, batizados, pelo então Governador e Capitão-General Fernando da Costa de Athayde Teive, com os nomes de: Madre de Deus, São Pedro, Nossa Senhora da Conceição e São José.Na parte de dentro, encontram-se os prédios que abrigavam os antigos armazéns, capela, casa de oficiais e do comandante, casamatas, paiol e hospital, além dos elementos externos componentes do complexo, como revelim, redente, fosso seco e baterias baixas; O Complexo Marco Zero, um dos mais interessantes pontos turísticos de Macapá é formado por um monumento construído sobre a linha imaginária do Equador que divide a Terra em dois hemisférios. Conta com um obelisco de aproximadamente 30 m de altura com uma abertura circular no centro, onde o sol incide na época do equinócio - fenômeno que acontece somente nos meses de março e setembro. O complexo contempla ainda terraço, espaço para shows, além de salão para exposição, restaurante e loja de produtos artesanais; A Panela do Amapá Criada, especialmente, para atender ao turista e valorizar a gastronomia regional, com seus temperos exóticos e restaurantes com comidas típicas da região; O Sambódromo de Macapá, localizado no Complexo do Marco Zero, onde se realizam os desfiles das escolas de samba e dos blocos carnavalescos, o festival de quadrilha junina e grandes shows musicais; Trapiche Eliezer Levy, originariamente construído na década de 40, por muito tempo foi o ponto de chegada e saída da cidade. Antes do trapiche, as embarcações aportavam na chamada Pedra do Guindaste, onde hoje está colocada a imagem de São José. O trapiche tem 472 metros de comprimento e é servido por um bondinho elétrico para transporte de turistas, sorveteria, área coberta, estação de embarque e desembarque de passageiros, restaurante e uma pequena praça; Pedra do Guindaste, localizada em frente à cidade ao lado do Trapiche Eliezer Levy, a cerca de 300 metros da margem do rio Amazonas. A pedra original foi derrubada pela colisão de um barco, e em seu lugar foi construído um bloco de concreto e sobre ele uma imagem de São José – Padroeiro de Macapá. Existem muitas lendas em torno da “Pedra do Guindaste”, que ao longo dos tempos vem servindo de inspiração a muitos artistas regionais; O Museu Sacaca, denominado em homenagem a um dos mais populares cidadãos da história amapaense recente, local onde estão reproduzidas as habitações de várias etnias indígenas, caboclos ribeirinhos, castanheiros. O museu apresenta à comunidade palestras, exposições e seminários; Centro de Cultura Negra, é um centro de valorização da cultura negra do Amapá, composto de um Anfiteatro para atividades culturais e o Museu do Negro. Marcado por receber das mais importantes manifestações culturais do Estado, o Encontro dos Tambores, que envolve apresentações artísticas e culturais; Teatro das Bacabeiras, é o centro das manifestações artísticas e culturais do povo amapaense, possuindo em seu ambiente 703 poltronas, sala de dança, imagem e som, camarins individuais e coletivos, projetores de filmes, tela panorâmica e um palco moderno; O Centro Cultural Franco Amapaense; O Museu Histórico do Amapá Joaquim Caetano da Silva, o prédio foi adaptado para funcionar como Museu Histórico do Amapá, possuindo um acervo composto de peças arqueológicas de cerâmica, peças históricas e indígenas, caracterizando o período da pré-história e história do Amapá; A Igreja de São Jose de Macapá, construída em 1761, é o monumento mais antigo da cidade. Sua construção data do século XVIII, composta de torre sineira lateral única e fachada remodelada ao gosto neoclássico. E muito apreciada pela simplicidade e beleza de sua arquitetura trazida pelos jesuítas europeus, ainda no século XVI. A igreja leva o nome do santo padroeiro da cidade, nela se realiza a maior festa religiosa - 19 de março dia do consagrado santo São José; A Casa do Artesão, é o maior centro de artesanato amapaense. Possibilita a exposição e a comercialização de trabalhos dos artesões locais e também indígenas, fomentando a atividade artesanal e promovendo a geração de emprego e renda aos artesões do Estado. Na confecção das peças são utilizados o vime, madeira, argila, fibra vegetal, sementes, penas, entre outros elementos retirados da natureza, sem impactar o meio ambiente; A Escola de Artes Candido Portinari, veículo de informação e difusão da cultura no Amapá, oferecendo à comunidade cursos de desenho, pintura e escultura além de oficinas livres. A escola promove exposições permanentes com obras de alunos e artistas plásticos locais; Museu Valdemiro de Oliveira Gomes, criado pelo governo estadual, o museu abriga vasto acervo distribuido em galerias, sobre as pesquisas e os objetos pessoais do seu fundador Valdemiro de Oliveira Gomes, produtos da flora medicinal da Amazônia, a cultura indígena, composta de armamento, indumentárias e peças, coleção de sementes, produção de mudas, carpoteca (coleção de frutas) e laboratório de fitoterapia, tinturas homeopáticas e vegetais; A Vila do Curiaú, povoado habitado por remanescente de escravos, que ali, originalmente formaram um quilombo para refugiarem-se dos maus tratos a que eram forçados na época da construção da bicentenária Fortaleza de São José de Macapá. Nos dias atuais a comunidade negra é preservada por seus descendentes, mantendo os mesmos costumes e tradições de seus antepassados africanos. Destacando-se pela produção da farinha de mandioca e pelas manifestações folclóricas e do batuque; O Museu Ângelo Moreira da Costa Lima, contendo um acervo variado da fauna e flora amapaense com peças em coleções seriadas para estudos e exposição. Desenvolve pesquisas e estudos nas àreas de zoologia, botânica e geologia; O Parque Zoobotânico, compõe-se de um agradável recanto da natureza amazônica, com amostras de espécimes da fauna e flora regional, tendo, inclusive animais de grande porte em cativeiro e exposição; O Balneário da Fazendinha, localizada a 16 km de Macapá, banhada pelo rio Amazonas, oferece aos banhistas uma bela paisagem, uma rede de bares e restaurantes com os mais variados pratos típicos da região; O Complexo do Araxá e o Complexo Beira Rio, são quiosques de restaurantes, choperias e sorveterias com música ao vivo, apresentada por cantores regionais, que cantam o melhor da MPB, além de área para shows às margens do Rio Amazonas oferecendo área de mezanino e passarela a céu aberto, com pista de patins e de cooper, playground infantil e espaço livre para o lazer; O Arquipélago do Bailique, fica a 185 km a partir de Macapá em direção à foz do Amazonas. O arquipélago de oito ilhas é formado pelo encontro das águas do Rio Amazonas com o oceano Atlântico. Nas oito ilhas existem cerca de 5 mil habitantes, distribuídos em 38 comunidades que vivem basicamente de pesca, agricultura extrativa, apicultura, carpintaria naval e agropecuária. O ecossistema é rico, constituído de florestas de várzea, campos naturais, igarapés, manguezais e praias; As Lagoas, onde a mais importante é a lagoa dos Índios que localiza-se no km 03 da rodovia Duque de Caxias (Macapá/Santana), apresentando um dos mais belos panoramas da cidade, oferecendo aos visitantes uma amostra da vegetação aquática e campos que na maioria do tempo são alagados e verdes, propiciando o aparecimento de garças brancas que fazem um belo contraste. Local ideal e magnifico para fotográfias. Distante a 74 km de Macapá, o lago Ambé localiza-se na região das pedreiras. É uma região constituída por campos, lagos e igarapés, que juntamente com a fauna e a flora da Amazônia, formam um quadro paisagístico de beleza impar. O lago é bastante visitado pelos aficcionados pela pesca, além de proporcionar banhos refrescantes nas águas frias e um contato direto com a natureza. Outro destaque é o lago do Curiaú, onde a fauna Amazônica, como garças e outros passáros são vistos tranquilo sobre o imenso relvado que o lago transforma no período de estiagem, onde nuanças verdes contrasta com os búfalos das fazendas próximas; A Fazendinha é principal praia de Macapá onde se pode saborear o camarão regional e práticar esportes naúticos como jet-skis, caiaques e passeio de voadeiras. Outras praias freqüentadas pelos turistas são aquelas de Araxá e Aturiá; A cozinha macapaense como toda a Amazônia caracteriza-se por uma culinária essencial indígena sem similar, desde o saboroso pato-no-tucupí, a extravagante maniçoba e o delicioso tacacá, sendo também importante ressaltar, a gostosa caldeirada de tucunaré e o famoso prato do "camarão no bafo" nos bares da Praça Beira Rio. As principais frutas encontradas em Macapá são: Açaí, Bacaba, Cupuaçú, Pupunha, Tucumã e Muruci. Principais eventos da cidade durante o ano: Festa de São José de Macapá, Círio de Nazaré, Festa de São Joaquim, Marabaixo, Batuque, Festa de Nossa Senhora da Piedade.