O município de Coari está localizado no rio Solimões entre o Lago de Mamiá e o Lago de Coari, traz em sua herança e memória a força dos índios Catauixis, Jurimauas, Passés, Irijus, Jumas, Purus, Solimões, Uaiupis, Uamanis e Uaupés. Em princípios do século XVIII, em território do atual município de Coari, o jesuíta Samuel Fritz fundou uma aldeia de índios, com a denominação de Coari, por ficar a margem do lago desse nome. Em 1759, a aldeia de Coari foi elevada a lugar, recebendo o nome de Alvelos, de origem portuguesa. No dia 5 de setembro de 1850, o Amazonas foi elevado a categoria de Província, libertando-se do domínio do Grão-Pará. Com isso, a situação de Coari foi modificada e a sede da Freguesia foi transferida em virtude da Lei Nº 37, de 30 de setembro de 1854, para junto à foz do Lago de Coari. A freguesia foi elevada à Vila em 1° de maio de 1874, com a denominação de Vila de Coari, cuja a instalação ocorreu a 2 de dezembro do mesmo ano. Por essa época, com a valorização da borracha no mercado mundial, começaram a chegar, a região amazônica, milhares de nordestinos. Em Coari, a presença de seringueiras nativas (Hevea brasiliensis) atraiu inúmeras famílias nordestinas que buscaram trabalho. Com a vinda dos nordestinos, a população aumentou, o comercio cresceu, e com o desenvolvimento econômico, a cidade começou a expandir-se, sendo criada a comarca, pelo decreto 95-A de 10 de abril de 1891. A comarca estava sob a jurisdição de um Juiz que resolvia os problemas referentes à justiça e que, devido a questões políticas, foi suprimida e instalada por duas vezes, até que em 10 de maio de 1924, pela Lei Nº 122, foi restaurada. Entretanto, a classe política, os comerciantes e a sociedade movimentaram-se para que Coari passasse a categoria de cidade. E, por força do Ato Estadual Nº 1665, de 02 de agosto de 1932, a Vila de Coari foi elevada à Categoria de Cidade. Coari, segundo o cônego, Ulysses Pennafort, vem das palavras indígenas “Coaya Cory”, ou “Huary-yu”, ou significa respectivamente “rio do ouro” e “rio dos deuses”. A denominação dada ao rio que banha o município estendeu-se ao lago à cuja margem fica a sede municipal e, posteriormente, ao município. A vegetação do município de Coari é constituída de grandes árvores e arbustos de terra firme e várzea de igapó e vegetação aquática. A flora é representada principalmente pela seringueira, castanha-do-pará, pau-rosa, além de várias madeiras de boa qualidade e grande valor econômico. A fauna além das diversas espécies de animais silvestres, como: caititu, veado, capivara, queixada, há ainda os aquáticos representados pelo jacaré, tartaruga, e muitos peixes entre estes o pirarucu, tambaqui, jaraqui e outros. O clima Equatorial quente e úmido, sem estação seca, atingindo um total pluviométrico de 2.500 m, temperatura média anual 24 e 26°C. Como atrações turísticas do município, destacam-se: a Igreja de Santana (construída no início do século XX ), o busto de mármore de Silvério José da Silva Néri e a Poltrona de madeira, datada de 1874. O principal evento turístico do município é o Festival Folclórico, na segunda quinzena de Julho, coma várias apresentações e brincadeiras, mostrando a cultura coariense para todo o Brasil. neste mês a cidade fica bastante movimentada, pois é época de de festa, cirandas, quadrilhas infantes e adultas, boi bumbas danças internacionais e várias outras danças, se manifestam para abrinlhantar a todos que gostam de prestigiar a cultura do muicípio. A maior rivalidades das brincadeiras é entre as cirandas, pois desde de 2000 que passou a existir as três cirandas, ciranda do Amor, Ciranda Renovação e a Ciranda Paixão. Outros eventos que movimentam o município de Coari: Festejo do Padroeiro São Sebastião (2ª quinzena de Janeiro); Carnaval de Rua de Coari (entre fevereiro e março conforme calendário nacional dessa festa); Festa do Dedo (3ª quinzena de março); Festejo do Divino Espírito Santo (2ª quinzena de Abril); Festa de Nossa Senhora do Perpétuo Socorrro (1ª quinzena de maio); Festejo de Santana (2ª quinzena de Junho); Aniversário da cidade (1º e 2 de Agosto); Feira da Cultura (3 de Agosto); Festejo das flores vermelhas (1ª quinzena de Agosto); Festejos de Santo Afonso (1ª quinzena de Agosto); Festival da Música Popular de Coari (24 à 26 de Outubro); Festa do Gás Natural (Subistituta da Festa da Banana desde do ano 2000) na 1ª quinzena de Dezembro; Autos de Natal (1ª quinzena de Dezembro); Reveillion da Cidade (Final de Dezembro). A cidade conhecida pela produção de banana, hoje se destaca por produzir petróleo e gás natural, que ocorre em uma região denominada de Urucu e constitui uma importante base da Petrobras no estado do Amazonas, de onde se extrai petróleo e gás. Sua produção agropecuária e baseada no cultivo da banana, mandioca, castanha e farinha. A pecuária é representada principalmente por bovinos, com produção de carne e de leite destinada ao consumo local. A pesca é a principal fonte de alimentação da população nativa. A agricultura é baseada principalmente no cultivo de produtos como mandioca, feijão, coentro, pepino, maxixe, pimentão e couve (culturas temporárias). Nas culturas permanentes, destaque maior para a produção da banana e em menor escala o limão, goiaba, mamão, cupuaçu e maracujá. Olericultura: alface, couve, coentro, pepino, tomate, quiabo, maxixe, repolho, pimentão, abóbora, cebolinha, melancia e berinjela. Pecuária: o criatório no município consiste no desenvolvimento de espécies como Nelore e Mestiço. Avicultura: a criação é tipicamente doméstica e o consumo é familiar, representada pela criação de galinhas e perus. A criação de quintal é motivo de incentivos, pois a produção de carne e ovos estimula a criação de animais de pequeno porte. Extrativismo Vegetal: a extração de madeira é uma atividade tradicional no município. Secundariamente figuram a extração do cacau, castanha-do-pará e sorva. Piscicultura: a população do interior, tem no pescado a sua principal fonte de alimentação. Na época da fartura de peixe, que se verifica no período da seca do rio, ocorre uma grande abundância de pescado que é comercializado a preços acessíveis. A pesca é feita no rio Solimões e nos grandes lagos da região altamente piscosos. As espécies são aruanã, curimatá, jaraqui, matrinxã, pescada, pirapitinga, pirarucu, pacu, sardinha, surubim, tambaqui e tucunaré. Hortifruticultura: esta atividade é bastante desenvolvida, explorada através do cultivo de verduras, legumes e frutas, que surgem de acordo com a respectiva época. Os produtos são: banana, farinha d´água, limão, jerimum, macaxeira, cupuaçu, pupunha, laranja-lima, tangerina, abacate, coco, milho seco, açaí, pimenta de cheiro, pimenta murupi, farinha seca, tapioca, goma, batata-doce, cara, feijão abacaxi, caju, mamão, maracujá, manga, goiaba, quiabo, pepino, repolho, maxixe, berinjela, pimentão, tomate, tucupi, cebolinha, couve, feijão de metro, chicória, cariru, alface e milho verde.