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Português O Município de Cametá (Pará) deve sua origem à tribo dos índios Camutás, que faziam parte da família Tupinambá, primitivos habitantes da região. Segundo Jorge Hurley, os índios que os tupinambás chamavam de Camutás tiveram essa denominação da junção dos vocábulos CAÁ e MUTÁ. CAÁ significa mato, floresta e mutá ou mutã - espécie de degrau ou "palanque" instalado em galhos de árvore feitos pelos índios para esperar a caça ou para morar. Para Carlos Roque, o significado literal de Cametá é "degrau do mato" , abanado inclusive por Victor Tamer, pois derivaria de Camutá. Luiz Tubiriçá, trata o vocábulo como derivado de caá + mytá - choupana suspensa em árvore para espera de caça. No Dicionário Toponímico da Microrregião do Camutá acrescentamos ao significado de Jorge Hurley, o hábito dos índios Camutás de construírem sua habitações tão altas quanto as árvores, ou quem sabe até nas copas destas. Logo depois da fundação de Belém, as atenções dos colonizadores se voltaram para a zona do rio Tocantins, principalmente para a parte do planalto central do Brasil, cientes das riquezas guardadas pela região. Durante as lutas mantidas pelo os portugueses contra os Franceses, Holandeses e Ingleses, todos empenhados na conquista do rio Amazonas e partes adjacentes, Jerônimo de Albuquerque ordenou-se continuasse a catequese dos indígenas, que habitavam as terras do Grão-Pará. Incumbiu disso os padres capuchos de Santo Antônio, Frei Cosme de São Damião e Frei Manoel da Piedade. Em 1617, o Frei Cristóvão de São José subiu o Rio Tocantins, a mando de Jerônimo de Albuquerque para reconhceimento e catequese dos índios Camutá. Após árduo trabalho de catequização, Frei Cristóvão fez nascer a povoação dos Camutás às margens do Tocantins, em 1620, estabelecendo, dessa forma, os princípios da colonização dos Camutá. Nascia assim a povoação dos Camutás e estavam assentados os alicerces da futura Capitania de Feliciano Coelho de Carvalho. Os historiadores pontualizam que o trabalho de evangelização, desenvolvido por Frei Cristóvão de São José, motivou a transferência da tribo dos Camutás até o lugar onde se tinha erguido uma ermida e, a partir daí, o povoado passou a adquirir dinâmica social, populacional e econômica, configurando um núcleo, que passou a ser conhecido pelo nome de camutá-tapera. Em 1635, o Capitão-Mor Feliciano Coelho de Carvalho ancorou sua caravela na primeira porção de terra firme da margem esquerda do Tocantins. Encontrou a tribo dos Camutás já pacificada pelo Frei Cristovão de São José e em 24 dezembro fundou a vila Viçosa de Santa Cruz do Camutá, a primeira cidade no baixo rio Tocantins. Explicam os historiadores de Cametá que, no ano de 1643, os capuchinhos de Santo Antônio foram substituídos pelos frades Carmelitas e posteriormente, pelos jesuítas, em 1655, na direção espiritual da Vila. Ainda referem que, durante os anos de 1693 a 1759, a administração da Vila esteve a cargo dos capuchos da Piedade, havendo sido logo substituídos pelos mercedários. Referem as fontes históricas que, entre os anos de 1670 a 1690, durante a administração dos jesuítas, o padre Manoel Nunes mudou a sede da Vila para um sítio chamado, primitivamente, de Parajó. Contam, ainda, que no ano de 1754, Francisco Albuquerque Coelho de Carvalho, descendente do primeiro donatário, cedeu, por uma pensão anual de três mil cruzados, seus direitos sobre a capitania de Camutá e, por este ano, a donatária ficou incorporada aos domínios da Coroa, passando a gozar das prerrogativas de Vila. Durante os acontecimentos políticos conhecidos pelo nome de Cabanagem, por volta do ano de 1853, Cametá foi sede do Governo da Província, passando o seu povo e sua Câmara Municipal a desempenharem um importante papel nas lutas travadas entre brasileiros e portugueses. Na sua história, como Município, reconheceu-se que, em 1713, adquiriu o conhecimento legal na categoria de Vila, convertendo-se "ipso-facto" em Município, embora não se encontrem instrumentos legais que comprovem a sua proclamação. No ano de 1841, em 30 de abril, foi promulgada a Lei nº 87, que concedeu a Cametá a categoria de Comarca e, sete anos depois, através da resolução nº 145, de 24 de outubro de 1848, lhe foi outorgado o reconhecimento como cidade. Após a proclamação da República, o Governo Provisório do Estado, através do Decreto nº 59, criou o Conselho e Intendência. Somente em 1930, através do Decreto nº 06, de 4 de novembro, foi confirmada a condição de Cametá como Município, passando a existir como tal no quadro de ordenamento político-administrativo do Estado. A composição distrital atual (com base na lei nº 086 - Plano Diretor do Município, de 19-06-2007) do município é: Cametá (sede), Areião, Carapajó, Curuçambaba, Juaba, Janua Coeli, Porto Grande, São Benedito de Moiraba, Torres de Cupijó, Vila do Carmo do Tocantins. O município de Cametá é o mais antigo e tradicional dos baixos rios do Tocantins, pela sua importância histórica empresta seu nome à antiga microrregião de Cametá. Pela lei nº 7537 de 16 setembro de 1986 graça a sua notável tradição histórica Cametá passou a categoria de Patrimônio Histórico nacional. A cidade ganhou o carinhoso apelido de "Terra dos Notáveis", que veio devido ao desempenho de alguns filhos ilustres, homens que se destacaram na política, na religião e no social. A cidade de Cametá apresenta características culturais, costumes, conhecimentos indígenas e influências portuguesas, francesas e holandesas. É considerada uma cidade em destaque na história do Pará por participar ativamente do movimento da Cabanagem. Na vasta lista de patrimônios históricos, há, ainda, a Catedral de Nossa Senhora das Mercês, na praça Joaquim Siqueira, construída em agradecimento a uma graça alcançada pela família de Daniel Valente, no século XIX; a Capela de Bom Jesus dos Aflitos, na Rua 24 de Outubro, construída em 1825; a igreja de Parijós (antiga aldeia dos índios Parijó) que, sob o ponto de vista arquitetônico, é a mais bonita igreja do Município; o Seminário Religioso, na aldeia de Parijós; a igreja de São Benedito, construída em 1872; o Grupo Escolar D. Romualdo de Seixas, instalado na cidade a 12 de outubro de 1899, no governo estadual do Dr. José Paes de Carvalho, mas somente concluído e inaugurado em 1905, no então, governo estadual de Augusto Montenegro; colégio Nossa Senhora Auxiliadora, instalado na cidade pelas irmãs de Caridade da Ordem Religiosa de São Vicente de Paula, em 15 de fevereiro de 1942; antiga Casa de Câmara e Cadeia que atualmente, funciona como sede da Prefeitura, com a fachada voltada para a Praça da Cultura; o prédio da SUCAM, com edificações eclética tipo "bangalô", construído, no início do século, pelo capitão Henrique de Mendoná; antiga usina elétrica inaugurada em 1927, residência de Maria Cordeiro de Castro, edificação térrea de estilo colonial; Palacete Azul cuja data de construção é desconhecida, sendo que sua inauguração foi a 27 de julho de 1927; residência dos Moreira, edificação assombrada construída no século XIX; residência Belfort Lisboa, uma das primeiras construídas, com esmero e bom gosto em Cametá, segundo os padrões europeus; casa dos Foinquinos, construída no século XIX, mantendo, até hoje, seus traços originais; conjunto de casas à Rua Rui Barbosa, com edificação em estilo meia morada; residência dos Peres, construída por volta de 1870, composta por duas residências iguais e geminadas (unidas), localizada na Praça dos Notáveis; Pensão da Liberata, construída por volta de 1920, cuja fachada tem traços de composição clássica; casa do Sr. Castro, prédio construído no século XIX, aproximadamente na década de setenta, mas, que sofreu consideráveis modificações nas linhas originais. No que se refere aos equipamentos culturais, o Município de Cametá dispõe de um Museu Histórico, onde também funciona a Biblioteca Pública, com um importante acervo da antiga história da cidade, além de uma Casa da Cultura e um cinema denominado "Cine Príncipe". Em Cametá nasceram várias danças e costumes tradicionais do Pará. Sua festa junina é famosa e também um dos melhores carnavais do estado ocorre nesta cidade. Entre as principais atrações e eventos lá encontrados, merecem destaque o Bar na Beira do Rio, Barco Venino Pantoja, Pesca do Mapará, o Famoso Samba de Cacete, Cordão da Bicharada e o Carnaval. Cametá não difere dos demais Municípios paraenses que têm, nos festejos religiosos, a sua maior forma de expressão da cultura popular. Além da festividade do Santo padroeiro, São João Batista, realizada no mês de junho, entre os dias 14 e 24, com procissão e apresentações de grupos típicos, acontecem festividades religiosas importantes no Município. A festa de Nossa Senhora do Carmo, que acontece no período de 6 a 16 de julho e o Círio de Nossa Senhora de Nazaré realizado entre os dias 1 e 8 de setembro na localidade de Vila do Areião. A seguir, há a festa do Rosário, na Vila de Joaba, realizada no mês de outubro, acompanhada por manifestações da cultura local e celebrações de cunho religioso, durante a qual é coroada, simbolicamente, a pureza, na figura de um menino e uma menina, vestidos de rei e rainha, respectivamente. Além dessas, acontece a festa de São Benedito, festejada na Vila de Carapajó, sendo que a grande atração é o Marierrê. O Município de Cametá é rico em manifestações populares. Os grupos típicos organizados procuram, através de suas danças e indumentárias, preservar as tradições e valores culturais. Os de maior destaque são: Grupos de Samba-do-Cacete, que se assemelha ao Siriá de Marapanim, sendo uma das mais curiosas manifestações da cultura local; O Boi-Bumbá, auto pastoril de origem popular, tem nos bois Mina de Ouro, Pingo de Ouro, Labioso e Raivoso seus maiores vultos no Município; Pastorinhas, organizadas na época natalina. Destaca-se o Pastoril do Grupo Comunitário da Aldeia de Parijós e o Pastoril das filhas de Jeová; Folia, cantoria, que sai às ruas, nas vésperas da festa de Santo que seja festejado por irmandades de leigos; Lavadeira, celebração com levantamento e derrubada do mastro, no início e no fim da festa do Santo; Bambaê do Rosário, manifestação de origem afro-brasileira, de cunho religioso, realizada na Vila de Joaba. É uma tradição que existe há mais de 100 anos, passando de geração a geração. É uma festa em homenagem a Nossa Senhora do Rosário; Marierrê, folguedo da Vila de Curapajó, reveste-se de características que levam a crer que suas origens estão ligadas à África trazido por negros escravos em épocas muito recuadas; Boi-Brabo que, pelo aspecto, pelos versos entoados e pela inovação, deduz-se ser oriundo do nordeste brasileiro. Além dessas manifestações, podem ser destacados os pássaros e a Marujada. A Folia de Reis e o Carnaval, este último marcado pela presença do bloco carnavalesco "A Bicharada", com indumentária confeccionada artesanalmente e caracterizando animais da fauna da região Amazônica - completam o quadro das manifestações populares de Cametá. A praia da Aldeia é uma das mais conhecidas e belas praias em Cametá. A praia de aguá doce e límpida é um belo cenário para quem deseja curtir um pouco da amazônia e suas riquezas naturais. As areias da praia da Aldeia são claras e possui um comércio voltado para os turistas e banhistas. Os bares e restaurantes servem os melhores pratos regionais. A produção artesanal do Município é representada pela cerâmica, fabricação de redes, remos e tijolos. Entretanto, o destaque maior está nas imagens de santos de madeira, sendo que o grande representante da arte de esculpir é o cametaense "santeiro" Raimundo de Sena, que mantém a Escola de Iniciação às Belas Artes "Antônio Jeremias Rodrigues". Cametá, além de ser considerada a "terra de notáveis", por sua vasta lista de figuras ilustres, possui, entre os Municípios paraenses, a maior quantidade de monumentos históricos e culturais, destacando-se a Catedral de São João Batista, na Praça dos Notáveis, construída, em 1757, possivelmente pelo primeiro pároco da Ordem de Cametá. O Município de Cametá pertence a Mesorregião do Nordeste Paraense e a Microrregião de Cametá. Ao Norte - Municípios de Limoeiro do Ajuru e Igarapé-Miri Ao Sul - Município de Mocajuba A Leste - Município de Igarapé-Miri A Oeste - Município de Oeiras do Pará. Os solos de maior importância são: Gley Pouco Húmico, Solos Aluvial eutróficos e distróficos, textura indiscriminada. Plintossolo distrófico, Areias Quartzosas distróficas e Latossolo Amarelo distrófico, textura média, em associações. Pela classificação de Kôppen, o clima do município corresponde ao tipo Ami, que assim se qualifica; média mensal, com temperatura mínima superior a 18º C, estação de pequena duração e umidade suficiente para manutenção da floresta, amplitude térmica que não ultrapassa 5º C. Há ligeira variação para o tipo Aw, com chuvas que apresentam incidência maior em fevereiro a abril. Como em toda a Amazônia, a temperatura do ar apresenta-se elevada, com média de 26,3º C, máxima de 32,4º C e mínima, de 24,1º C. A umidade relativa está sempre acima de 80%. A precipitação pluviométrica está regulada em cerca de 2.202 mm anuais. Abril, mês considerado como o de maior pluviosidade, chegou a registrar cerca de 441 mm. O recobrimento vegetal do Município de Cametá é constituído pela Floresta Densa dos baixos platôs, pela Floresta densa Aluvial e pelos “Campos Gerais”. A primeira formação vegetal reveste as terras firmes e constitui-se de árvores dicotiledôneas de porte elevado, dentro das características de composição e aparência da Floresta Tropical Úmida Perenifólia. As Florestas Aluviais predominam nas áreas próximas aos rios, onde existe influência de inundações periódicas ou esporádicas. É importante ressaltar presença de espécies úteis nas várzeas cametaenses, como açaí, o buriti e, principalmente, a histórica utilização destes tratos para o cultivo de cacau. Os “Campos Gerais” são formações herbáceas graminosas a subarbustivas que recebem solos arenosos de natureza hidromófica. Ressalta-se a utilização de flores decorativas que ocorrem nesses campos que se vêm constituindo em importante atividade econômica para o Estado do Pará, inclusive, no setor de exportação. Nas terras firmes, onde a mata primitiva foi removida pela ação de desmatamento, viceja a Floresta Secundária ou Capoeira, em diferentes estágios de regeneração. A geologia do território, que abriga o Município de Cametá não foge às características de toda a região do Baixo Tocantins. Na sua característica geológica de natureza sedimentar, estão os sedimentos terciários de Formação Barreiras, à montante da cidade de Cametá até a ilha do Jutaí. A predominância, entretanto, é de sedimentação Quaternária Subatual e Recente, constituída de material consolidado (areias, siltes, argilas e cascalhos), que se estendem extensamente, para o interior do município, constituindo os grandes campos naturais do Baixo Tocantins. Seu relevo ligado à sua configuração apresenta formas que são caracterizadas por baixos tabuleiros, sujeitos, constantemente, à erosão fluvial que se processa no baixo curso do rio Tocantins, justamente no lado em que está localizada a sede do município. Isto leva ao desmoronamento das Falésias da frente da cidade e adjacências, que vem prejudicando o seu estilo urbano. Seu relevo insere-se na unidade morforestrutural do Planalto Rebaixado da Amazônia (Baixo Amazonas). Na hidrografia do município, o rio de maior importância é o Tocantins, que atravessa no sentido Sul-Norte, dividindo-o em duas partes. Apresenta seu curso bastante longo, e fracamente navegável. No seu curso, dentro do município, aparecem cerca de noventa ilhas, com a presença marcante de furos, paranás, etc.; não possuindo, neste trecho, nenhum afluente importante. Existem, entretanto, rios independentes e paralelos ao rio Tocantins, tais como: Mupi, Cupijó e Anauerá, este determinando o limite natural, a Oeste, entre Cametá e Oeiras do Pará. Na porção oriental do seu território, destacam-se o rio Cagi, limite Leste com Igarapé-Miri e, a Sudeste, o rio Tambaí limitando este Município com Mocajuba. A importância do Tocantins, no Município, é enfatizada pela ligação que mantém com inúmeros paranás, igarapés, furos, braços de rios, que se interpenetram no grande número de ilhas, onde se concentram povoados e aglomerações relativamente habitados.






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